Hoje, qualquer empresa pode imaginar ter sua própria instituição financeira digital. Isso parecia distante há poucos anos, mas a tecnologia evoluiu. O brasileiro, aliás, abraçou de verdade o universo dos bancos digitais, com o número de pessoas com conta exclusivamente digital crescendo 73% recentemente, mostrando como o setor se expandiu de forma veloz e irreversível. Se já pensou em criar sua própria plataforma, aqui vai tudo o que precisa para dar os primeiros passos.
O que é, afinal, um banco digital moderno?
Banco digital não é simplesmente passar a oferecer um app onde o cliente consulta saldo. É repensar toda a operação: processos, canais de atendimento, modelo de receita, segurança, integrações e agilidade. A instituição nasce do zero, ou migra do mundo tradicional para o digital, apoiada fortemente por tecnologia e automação. Cartões, transferências instantâneas, cashback, empréstimos, investimento… tudo pode estar na plataforma, desde que faça sentido para seu público.
Não é exagero dizer que criar um banco digital envolve mesclar tecnologia de ponta, criatividade e muito planejamento. Mas não precisa ser algo místico. Quebrando em etapas, fica mais tangível e possível.
Entendendo o cenário: análise de mercado e validação da ideia
Antes de começar, pare e olhe em volta. Para que seu banco faça sentido, precisa atender a dores do mercado. Existem muitos públicos ainda não plenamente atendidos: pequenas empresas, clubes de benefícios, marketplaces, associações, sindicatos, segmentos regionais, nichos por profissão ou atuação.
- Quais dores reais essas pessoas enfrentam?
- O que elas esperam de uma instituição financeira digital?
- Quais recursos, diferenciais e facilidades são mais valorizados?
- Como grandes volumes de operações ou microtransações podem ser atendidos?
Mergulhe em pesquisas, realize entrevistas, faça benchmarking interno. O desenho é feito aos poucos, e mudanças de rota são normais. O segredo é testar hipóteses, validar jornada do usuário, e construir uma experiência fluida. Caso contrário, seu banco será só mais um app entre muitos, sem conquistar real adesão.
Escute com atenção: o sucesso nasce do encaixe entre o que o público deseja e o que você é capaz de entregar.
A FinStack, por exemplo, nasceu justamente para empresas que querem lançar soluções próprias de maneira rápida, sem as amarras das plataformas tradicionais e taxas limitantes. Ao dar liberdade tecnológica, permite acelerar entregas e incluir diferenciais construídos sob medida para cada operação.
Definindo público-alvo e modelo de negócio
Todo banco digital começa a partir do público que deseja atingir e, claro, de como será monetizado.
Aqui, vale questionar:
- Seu cliente é pessoa física ou jurídica?
- Qual sua faixa de renda?
- Quais serviços serão oferecidos prioritariamente?
- Vai operar 100% digital ou prevê canais presenciais?
- Vai gerar receita por tarifas, spread, produtos agregados, publicidade, parcerias?
Cada conjunto de respostas leva a uma infraestrutura e experiência distintas. Bancos digitais para pequenas empresas, por exemplo, devem priorizar meios de pagamento instantâneo, automatização de cobranças e rápido onboarding.
Modelos próprios de cashback, contas multiusuário, investimentos, créditos direcionados: tudo entra no radar, se fizer sentido para o público.
Legalidade: requisitos regulatórios e licença bancária
Criar uma instituição financeira nunca foi tarefa isenta de requisitos legais. No Brasil, as exigências são complexas e ainda mudam de acordo com o tipo de serviço. Bancos digitais, fintechs de pagamento, instituições de pagamento, SCD (Sociedade de Crédito Direto), SCFI (Sociedade de Crédito Financeiro e Investimento), cooperativas financeiras… Cada uma dessas estruturas exige:
- Constituição de empresa compatível com o modelo;
- Solicitação de licença junto ao Banco Central;
- Documentação detalhada de controles, política de risco, fundos de garantia;
- Planos de negócios e segurança cibernética;
- Auditorias recorrentes e relatórios periódicos.
O processo pode ser demorado, especialmente na obtenção de licenças. Não dá para cortar caminho. Mas é possível antecipar etapas com a assessoria correta e, claro, começar pelas áreas menos reguladas, oferecendo inicialmente soluções como carteiras digitais, emissão de boletos, gestão de pagamentos, cartões pré-pagos, sempre respeitando as normas.
A FinStack ajuda empresas a começarem já oferecendo serviços financeiros, enquanto preparam sua operação para expansão futura, facilitando a adaptação do software conforme novas licenças e regulações são conquistadas. Um caminho gradual, seguro e flexível.
Tecnologia: arquitetura, automação e integração fácil
Aqui, temos definitivamente o coração de qualquer iniciativa digital. Em vez de grandes softwares monolíticos, a tendência é modularizar a operação, com pequenas peças de software cumprindo funções específicas: contas, cartões, transferências, pagamentos, cobrança, análise de crédito, onboarding, compliance, relatórios, entre outros.
Esse modelo permite construir, personalizar e atualizar o banco sem amarrar toda a operação a um único fornecedor nem enfrentar projetos longos.
Quando falamos em tecnologia de banco digital, estas são as principais frentes para se observar:
- Segurança da informação constante, para evitar fraudes, invasões ou vazamentos – bancos brasileiros investem cada vez mais nisso, segundo dados da FEBRABAN;
- Autonomia na automação de processos, simplificando fluxos e reduzindo custos operacionais;
- Utilização intensiva de APIs e integrações via white label, conectando diferentes sistemas de forma segura e padronizada;
- Alta elasticidade e performance na nuvem, atendendo picos de demanda sem engasgos.
A escolha da infraestrutura dita o ritmo de evolução. Plataformas modulares, como a da FinStack, dão liberdade para compor sua instituição do jeito mais adequado ao seu momento de negócio.
Segurança digital: prioridade máxima
Se existe algo inegociável é a segurança cibernética. Instituições investiram milhões na preparação de times e sistemas somente em 2021. Não à toa, 93,6 mil pessoas foram treinadas em combate a ameaças digitais no setor, segundo informações recentes da FEBRABAN.
Hoje, criptografia forte, autenticações multifator, monitoramento constante de acessos, detecção de fraudes por inteligência artificial e resposta rápida a incidentes são recursos indispensáveis. Não só para proteger clientes, mas para garantir a estabilidade e reputação do negócio.
Automação e APIs: agilidade e personalização
A transformação digital bancária é acelerada por APIs abertas e automação de processos. Com APIs, empresas integram serviços de pagamentos, emissão de cartões, inclusão de cashback, autenticação, análise de crédito e outros recursos às suas plataformas, sem depender de sistemas fechados e inflexíveis.
Automatizar cadastros, validações, transferências e cobranças não só reduz custos, mas garante experiência rápida aos usuários finais. Boas plataformas permitem customizar jornadas, simplificar onboarding e agregar serviços, ampliando receita e uso da base.
Desenvolvimento próprio ou soluções prontas?
Uma das grandes dúvidas é: “crio meu banco do zero, com uma equipe interna, ou contrato uma plataforma pronta?” Não existe resposta única e, às vezes, um meio-termo é o melhor caminho.
- O desenvolvimento interno proporciona total controle, mas demanda grande investimento, prazo mais longo e equipe especializada. Muitas vezes, só grandes instituições optam por este caminho do início ao fim;
- Soluções prontas ou modulares, como as oferecidas pela FinStack, permitem lançar bancos rapidamente, reduzindo riscos, custos e tempo. Você compra apenas os módulos que precisa, garante propriedade sobre o software e ainda personaliza conforme sua necessidade específica.
É importante alinhar: o valor está em encontrar um modelo que traga liberdade, elimine taxas desnecessárias, garanta escalabilidade e permita crescer de acordo com os objetivos definidos.
Open finance e tendências de inovação
Uma das mudanças mais impactantes é a adoção do open finance. Esse modelo abre o ecossistema, permitindo ao cliente compartilhar dados e iniciar serviços onde quiser, sempre com consentimento expresso. Oportunidades incríveis nascem desse movimento:
- Criação de super apps financeiros muito mais completos;
- Agregação de contas de diferentes bancos em uma só interface;
- Integração com marketplaces, CRMs, ERPs e plataformas de benefícios;
- Personalização de ofertas para microsegmentos.
Empresas de todos os tamanhos conseguem competir, somando inteligência de dados, jornada fluida e produtos inovadores. Uma fintech local pode, a partir de open finance, evoluir e atender novos públicos rapidamente, com menos barreiras técnicas.
A flexibilidade de plataformas como a FinStack permite adaptar rapidamente os módulos ao novo ambiente integrado, criando soluções que acompanham o ritmo do varejo, do agronegócio, clubes, franquias, cooperativas ou nichos setoriais.
Autonomia operacional e o fim de taxas recorrentes
Para muitos negócios, depender de intermediários e pagar taxas altas por cada transação ou cada usuário limita o crescimento. O modelo modular oferecido pelo mercado hoje rompe esse paradigma.
Ao adquirir apenas os módulos necessários, é possível crescer passo a passo, sem custos imprevistos e sem vínculo a contratos engessados. Implementa processos no seu ritmo, com liberdade para definir jornadas, produtos, parcerias e integrações.
A FinStack, inclusive, foca nesse conceito: você paga apenas pelo que usa, customiza sua operação e mantém sempre o controle, seja no lançamento de seu banco ou na escala posterior.
Como escolher parceiros e caminhos certos
Montar uma solução financeira vai além do software em si. É fundamental definir quem estará ao seu lado na jornada:
- Fornecedores com experiência comprovada no segmento;
- Consultorias jurídicas e regulatórias atualizadas;
- Time dedicado à experiência do cliente;
- Infraestrutura robusta de cloud e segurança;
- Suporte para integrações e roadmap evolutivo.
A plataforma precisa ter documentação clara, suporte responsivo, atualizações ágeis e portas abertas para integrações futuras. O melhor caminho é aquele que combina autonomia, flexibilidade e acompanhamento, não apenas na largada do projeto, mas no longo prazo.
As etapas do projeto: do zero ao banco digital
Para não se perder em meio a tantas decisões, vale seguir uma trilha simplificada, que pode ser ajustada à sua realidade:
- Análise e pesquisa: entenda o mercado, as necessidades dos potenciais clientes e valide hipóteses de produto;
- Definição jurídica: escolha o tipo de operação, registre a empresa, faça consultas legais e trace o planejamento regulatório;
- Seleção de tecnologia: avalie soluções modulares, APIs, integração com sistemas existentes e grau de liberdade desejado;
- Construção do MVP (produto viável mínimo): implemente as funcionalidades básicas, teste jornadas e colete feedback dos usuários;
- Obtenção de licenças/remediação: inicie as requisições junto aos órgãos responsáveis e ajuste documentos conforme necessidade;
- Expansão: amplie funcionalidades, integre novos parceiros e busque diferenciais contínuos a partir dos retornos do público.
Como desenvolver um banco digital com a FinStack
Ao contrário do BaaS, que cobra por uso, transações ou usuários, o modelo da FinStack é buy-to-own. Isso significa:
- Você adquire o componente e não precisa pagar mensalidades nem royalties;
- O código é seu: a UDS repassa a propriedade da solução;
- Você pode personalizar o front, o back e a lógica de negócio;
- A integração com sistemas legados, e outros sistemas, é facilitada;
- O time da UDS pode apoiar desde a implementação, treinamento e sustentação.
Na prática, é como se você comprasse um carro e pudesse fazer tuning à vontade, em vez de pagar um aluguel eterno por um veículo limitado.
Perguntas frequentes sobre desenvolver banco digital
Como funciona um banco digital?
Um banco digital funciona sem precisar de agências físicas. Tudo acontece em aplicativos ou plataformas online. Os clientes podem abrir conta, transferir, pagar contas, solicitar cartões e acessar diversos serviços diretamente pelo smartphone ou computador. As operações são automatizadas, rápidas e seguras, e a experiência é mais personalizada, já que a instituição foca em tecnologia e praticidade.
Quais são os custos para criar banco digital?
Os custos variam bastante. Depende do porte da solução, das licenças necessárias, das integrações, da equipe técnica e dos módulos contratados. Gastos com infraestrutura de tecnologia, compliance legal e segurança cibernética devem estar no orçamento. Plataformas modulares, como a FinStack, permitem começar investindo menos e crescer conforme o banco digital se expande, já que você compra apenas os módulos necessários e elimina taxas recorrentes.
Vale a pena investir em banco digital?
Sim, especialmente diante da forte migração de clientes para plataformas digitais. O aumento de 73% nas contas digitais mostra que o brasileiro prefere serviços modernos, ágeis e sem burocracia (dados do mercado). Empresas que criam soluções próprias fortalecem a relação com o cliente, diversificam receitas e têm liberdade para inovar.
Quais tecnologias usar para desenvolver banco digital?
As principais tecnologias envolvem arquitetura modular baseada em APIs, cloud computing (computação em nuvem), automação de processos, análise de dados, autenticação multifator, criptografia forte e integração com sistemas de terceiros. Plataformas flexíveis permitem juntar esses recursos, garantindo escalabilidade e segurança. O uso de plataformas como a FinStack traz agilidade, já que oferece módulos prontos para diferentes demandas financeiras.
Quais os passos para montar um banco digital?
Os passos são: pesquisar e entender o público-alvo, definir modelo de negócio, organizar documentação jurídica e regulatória, escolher uma tecnologia base flexível, construir um MVP para testar as primeiras funcionalidades, solicitar as licenças necessárias junto ao Banco Central (dependendo da operação), lançar a plataforma para um grupo reduzido, coletar feedback e, por fim, expandir a solução ampliando serviços e integrações conforme a maturidade do negócio.