Você já pensou em criar uma solução própria para receber pagamentos, seja para o seu negócio digital, e-commerce, marketplace ou até mesmo uma fintech nova? Parece difícil, mas, com método e ferramentas certas, esse caminho pode ser mais curto e seguro do que você imagina.
Neste artigo, vamos apresentar, de forma prática, como construir uma plataforma de pagamentos online do zero, explicando as partes envolvidas, requisitos e requisitos para ter sucesso, e tudo isso focando em segurança, compliance e autonomia tecnológica.
Gateway, processador e plataforma de pagamento: diferenças e escolhas
Antes de listar os passos para criar sua estrutura de pagamentos, é vital entender bem a diferença entre gateway, processador e plataforma. Muitos confundem ou acham tudo igual, mas há diferenças importantes.
- Gateway de pagamento: É um sistema que faz a ponte entre seu site/sistema e a rede de adquirentes. Como um terminal virtual, ele coleta os dados do pagamento e direciona para o processador, mas normalmente não faz a liquidação financeira. É ideal para quem quer aceitar múltiplos métodos, sem ficar preso a um banco;
- Processador de pagamento: São as empresas ou sistemas responsáveis por autorizar, processar e liquidar a transação. Cuidam dos detalhes técnicos e das transferências reais de saldo. Quando você passa o cartão ou faz um Pix, é o processador que faz a grana aparecer na conta;
- Plataforma de pagamento: Vai além de gateways e processadores, pois integra todos os meios de pagamento, facilita a gestão, oferece relatórios, módulos antifraude e APIs para integrar a recursos financeiros completos, como Split de pagamentos, conciliação e gestão multiempresa.
De início, um gateway pode bastar para negócios simples. Mas, se você pretende oferecer novos serviços financeiros, escalar, ter autonomia ou lançar recursos inovadores, vale pensar em um orquestrador de pagamentos completo, que conecte as peças do quebra-cabeça e permita personalização, algo que a FinStack faz muito bem.
Mapeando objetivos e requisitos do negócio
Construir uma plataforma de pagamentos digital começa por uma etapa nem sempre fácil: entender profundamente o seu negócio. Por que sua empresa precisa de uma solução própria? A resposta pode parecer óbvia, mas determinar se sua operação vai atuar apenas com cartões, se precisa de Pix, se terá funcionalidades para cashback ou split, entre outros detalhes, muda toda a arquitetura do seu projeto.
- Quais métodos de pagamento vamos aceitar? (cartão, boleto, Pix, wallet?)
- O volume de transações será baixo, médio ou alto?
- Precisamos de funções extras? (Cashback, split, conciliação, recorrência…)
- Qual é o nível de integração com sistemas legados?
- Que tipo de personalização será necessário?
- Quais os requisitos de compliance (LGPD, PCI DSS, etc)?
- Quanto queremos de autonomia? Podemos depender de terceiros para funções-chave?
Essas perguntas ajudam a construir um checklist realista do que você precisa. Errar nessa etapa pode gerar retrabalho, custos desnecessários e limitações técnicas lá na frente.
Arquitetura de uma plataforma de pagamentos moderna
Após definir o escopo, chega a hora de desenhar a arquitetura. Lembre-se: uma solução do tipo “caseira” pode funcionar para operações pequenas, mas dificilmente dará conta de evolução e segurança conforme o projeto ganha escala. Tecnologias modernas na nuvem são o caminho natural para garantir elasticidade e performance.
- Servidores e cloud: Prefira providers que ofereçam escalabilidade (auto-scaling), redundância e backup automático;
- Bancos de dados: Use bancos seguros, resilientes, adequados à LGPD e com criptografia em repouso;
- APIs bancárias e integrações: Sua plataforma deve se conectar facilmente a múltiplos adquirentes/gateways/processadores;
- Abstração de módulos: Busque soluções modulares, em que você compre só o que precisa, ideia central da FinStack;
- Painel administrativo e relatórios: Não subestime a importância de módulos fáceis de usar para seu time acompanhar saldos, taxas e transações;
- Segurança: É o coração do projeto. Falaremos disso no próximo tópico.
Se quiser entender como um core banking pode se encaixar como base para sua estrutura, há exemplos de aplicações práticas que mostram como essas soluções evoluem: do gerenciamento de contas digitais ao processamento de milhares de transações diárias.
Segurança: o que não pode faltar
Não existe plataforma confiável sem um investimento dedicado em segurança, e esse é um ponto onde não se pode economizar. O setor de pagamentos é um dos principais alvos de ataques cibernéticos, fraudes e tentativas de interceptação de dados sensíveis. Para estar em conformidade e proteger os usuários, siga algumas recomendações fundamentais:
- Criptografia: Garanta criptografia ponta a ponta para dados em trânsito e em repouso. Utilize HTTPS e certificado SSL válidos, conforme orientação sobre segurança nos meios de pagamento;
- Certificação PCI DSS: Segundo o E-Commerce Brasil, seguir as normas PCI DSS não é só diferencial, é obrigação ao lidar com informações de cartões. Precisa adotar firewall, criptografia de dados, controle de acessos e trilhas de auditoria;
- Autenticação multifator (MFA): Sempre ative proteção em duas etapas para administradores, parceiros e usuários com funções sensíveis;
- Monitoramento e logs: Crie mecanismos de auditoria e alerta para identificar comportamentos suspeitos ou violações em tempo real.
Prevenção a fraudes: sempre ativo
Sistemas antifraude não são opcionais. Mesmo com segurança adequada, golpes acontecem e são sofisticados. Inclua, desde o início, recursos como:
- Verificação automática de score de risco em tempo real;
- Análise de padrões comportamentais por inteligência artificial;
- Consulta a listas de CPF/CNPJ bloqueados;
- Cross-checking de IP, device e localização;
- Bloqueio e notificação imediata em tentativas suspeitas.
Atualmente, é possível incluir módulos antifraude prontos de mercado, ou, no caso de projetos com total autonomia, desenvolver filtros customizados para o público e produto de sua empresa.
Compliace e regulamentação: a base para operar legalmente
A jornada de montar uma plataforma própria passa por algumas obrigações que não podem ficar em segundo plano. Cada país (e no Brasil não é diferente) tem regras específicas para transações financeiras, proteção de dados, prevenção à lavagem de dinheiro e regularização perante o Banco Central.
O risco do não compliance é perder direitos e sofrer multas severas.
- LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados): Seus sistemas devem apenas coletar dados absolutamente necessários e tratá-los de forma segura, com consentimento claro do usuário;
- Normas do Banco Central: Certas operações, como contas digitais, requerem autorização ou registro conforme a área de atuação;
- KYC (Know Your Customer): Mecanismos para identificação, coleta e checagem de dados dos usuários são cada vez mais exigidos, principalmente em operações com movimentação financeira;
- Auditoria e rastreabilidade: Garanta que cada etapa da jornada do dinheiro seja auditada, com logs e relatórios sempre disponíveis.
Métodos de pagamento: mais opções, mais oportunidades
Sua plataforma precisa aceitar os meios mais populares e aqueles que melhor combinam com seu público-alvo. Saiba o que cada método tem de diferente:
- Cartões de crédito e débito: São o método favorito dos brasileiros online. Exigem integração com adquirentes, gateways e, normalmente, certificados PCI DSS. Saiba como implantar com segurança em soluções para cartões digitais e físicos;
- Boleto bancário: Tem custo baixo e muita penetração, especialmente em pagamentos B2B e compras parceladas sem cartão. Depende de integração com bancos emissores;
- Pix: Foi o divisor de águas dos pagamentos instantâneos no Brasil. Com APIs abertas e liquidação segundos, é indispensável para quem quer experiência rápida e barata. Entenda como conectar na sua plataforma no conteúdo sobre Pix para empresas;
- E-wallet ou carteira digital: Ideal para compras frequentes, programas de benefícios e aplicativos, pois oferecem comodidade sem inserção constante de dados bancários.
Fatores para escolher entre compra ou desenvolvimento próprio
Muitos empreendedores se perguntam: melhor comprar um sistema pronto, adaptar módulos ou desenvolver tudo do zero? Na prática, a resposta não é universal, depende do orçamento, do tempo de lançamento no mercado e do grau de especialização do time.
Plataformas como a FinStack adiantam metade desse caminho: você adquire os módulos realmente necessários, ganha o código fonte, personaliza tudo e não fica refém de taxas de transação, royalties ou dependência eterna. Caso precise de treinamento ou suporte, há times de especialistas para apoiar sua empresa em cada etapa.
- Benefícios do modelo flexibilizado: redução do time-to-market (60-80% mais rápido que desenvolvimento do zero);
- Autonomia total sobre o software;
- Economia em licenças e mensalidades recorrentes;
- Personalização da interface, lógica de negócio e integrações;
- Fácil integração com sistemas legados.
Se escolher desenvolver tudo próprio, prepare-se para projetos longos, altos custos e necessidade de profissionais seniores de tecnologia e compliance.
Custos, manutenção e autonomia operacional
O modelo tradicional de plataformas “as a service” envolve cobranças mensais, taxas por transação ou limites de usuários, que podem escalar muito rápido quando seu volume cresce. Ao optar por soluções no formato buy-to-own, como a FinStack, todo investimento é previsível e você não fica sujeito a mudanças de preços ou regras do fornecedor.
- Menos custos recorrentes;
- Sem taxas variáveis por transação;
- Possibilidade de evoluir para novos negócios sem restrições contratuais;
- Manutenção sob sua gestão, com liberdade total de roadmap.
Segundo exemplos práticos já aplicados no mercado, empresas de diferentes segmentos adotaram esse modelo e puderam evoluir rápido, além de evitar surpresas fiscais e operacionais. Os cases Cooper Bank, Madero Cashback e Verocard ilustram aplicações reais dessa proposta.
Como funciona a FinStack na prática?

Ao contrário de modelos BaaS, a FinStack oferece uma experiência buy-to-own. Traduzindo: você compra o componente, seja ele de cartões, Pix, gateway ou core banking, não paga mensalidades e leva o código-fonte junto. Isso dá uma liberdade que não se vê em SaaS tradicionais.
- O componente é seu: sem royalties, taxas ocultas ou bloqueios contratuais;
- Poder de personalizar o frontend, backend e lógica da operação;
- Os módulos se integram de forma nativa a sistemas legados e APIs abertas;
- Equipe técnica de plantão para suporte, onboarding e treinamento se necessário;
- Evolução constante: novos módulos podem ser adquiridos e encaixados à medida que o negócio cresce.
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Perguntas frequentes
O que é uma plataforma de pagamento online?
Uma plataforma de pagamento online é um conjunto de sistemas digitais projetados para permitir, gerenciar e processar cobranças de forma eletrônica, seja por cartão, boleto, Pix ou outros meios. Ela integra funções que vão desde a recepção do pedido até a liquidação financeira, incorporando recursos de segurança, prevenção a fraudes, relatórios detalhados e muitas vezes automação de conciliações. Diferente de soluções mais simples como gateways, a plataforma oferece centralização e controle para empresas, além de permitir personalização de regras, integrações e visual.
Como montar minha própria plataforma de pagamentos?
O primeiro passo é entender seu modelo de negócio e listar os métodos de pagamento necessários. Depois, é preciso definir os requisitos técnicos, buscando infraestrutura em nuvem, módulos de segurança como criptografia e certificação PCI DSS, e integração com APIs bancárias e gateways. Reforce a proteção com camadas de antifraude e mantenha-se em compliance com a LGPD e outras regulações. Avalie soluções modulares, como as oferecidas pela FinStack, que permitem aquisição de componentes sob medida e com autonomia sobre o código. Isso diminui riscos, custos e reduz o time-to-market.
Quais os requisitos para criar uma plataforma?
Os principais requisitos envolvem análise do fluxo de pagamento desejado, segurança robusta (compliance PCI DSS, criptografia, MFA), integração fácil com diferentes meios de pagamento (cartão, Pix, boleto e wallet), capacidade de operar em nuvem com alta performance, dispositivos contra fraude, atendimento aos parâmetros da LGPD, e a possibilidade de evoluir para novos recursos sem refazer tudo do zero. Não se esqueça da experiência do usuário e da facilidade de integração com ferramentas e sistemas legados.
Quanto custa criar uma plataforma de pagamentos?
O valor pode variar muito de acordo com a estratégia escolhida. Soluções prontas “as a service” trazem custos recorrentes (mensais, transacionais, por usuário), enquanto modelos buy-to-own, como o da FinStack, concentram o investimento apenas na aquisição dos componentes necessários, sem taxas futuras ou licenças ocultas. Considerando customização, segurança e compliance, esse investimento inicial tende a gerar economia a médio e longo prazo, principalmente para quem quer escalar a operação sem amarras contratuais.
Vale a pena desenvolver uma plataforma própria?
Para empresas com necessidades específicas, alto volume de transações ou desejo de evoluir produtos constantemente, ter uma plataforma própria significa conquistar autonomia, personalização e liberdade de inovar sem depender de terceiros. Embora o investimento inicial possa ser maior do que em soluções SaaS tradicionais, a médio e longo prazo, a propriedade sobre o software e a ausência de taxas recorrentes tornam o modelo vantajoso, principalmente quando se pode contar com módulos já prontos e suporte qualificado, como no caso da FinStack.
 
					 
					